domingo, 20 de setembro de 2015

3 Feridas que nunca cicatrizam e o amor que não pode ser eterno



amores destinados a não ser… a ter início e final. São como tempestades de verão cheias de intensas emoções, de uma chuva refrescante que alivia o calor intenso, uma sede não saciada. No entanto, quando as nuvens cessam, longe de deixar a umidade de um campo onde a natureza pode florescer, abre-se um campo estéril e com rachaduras. Onde não crescerá nada durante muito tempo.
Há amores que passam como um vento suave, outros finalizam com uma distância serena e amável, por mútuo acordo, mas há alguns que deixam vazios dolorosos que nos ferem por dentro e nos mudam.
Falemos disso hoje, analisemos os “efeitos secundários” que as relações afetivas podem nos deixar em forma de sequelas, e do que vale a pena ter em conta para nos fazer refletir.

Uma reflexão sobre as feridas emocionais

1. É verdade que aprendemos com todo fracasso emocional?

Lemos e frequentemente escutamos… Não há melhor professor que a dor, não há melhor aprendizagem que a dor vital em algum em algum momento de nossa existência, para podermos, assim, avançar com maior segurança sabendo o que é a vida, entendendo um pouco melhor as pessoas.

E, de fato, estamos de acordo. Entretanto, há um aspecto que devemos ressaltar. Nem todas as pessoas adquirem uma “aprendizagem positiva”, nem todo mundo consegue entender assim. Após um término, um desencontro, precisa-se de um certo tempo para poder voltar a levantar o olhar com segurança, é necessário passar por um luto, por um processo interno onde “nos reconstruímos por dentro”.

O que ocorre nesses casos? Que longe de sairmos fortalecidos, saímos com sequelas. Quando alguém nos faz mal, aprendemos a usar uma armadura, quando mentem para nós, aprendemos a desconfiar, quando cortam as asas do nosso crescimento pessoal, evitamos nos abrir para outras pessoas.
Obtemos, então, um aprendizado com esse amor que não pode ser eterno? Naturalmente, sim, mas nem sempre é um aprendizado positivo, então devemos prestar muita atenção em como vamos nos “reajustar” a nossa realidade.

Não se deixe arrastar por essas cognições negativas, seja sempre resiliente para abrir portas a novas oportunidades.


2. A perda da inocência

Perder a inocência é perder parte dessa ilusão sincera e livre de preconceitos com os demais, com as novas relações que podem aparecer com plenitude e emoção. Após um fracasso afetivo e a perda de um amor no qual depositávamos tanta esperança, uma parte de nós vai , irremediavelmente, envelhecer.

Poucas coisas podem ser mais desesperançosas que permitir que nosso ser interior envelheça, deixando, assim, que apareçam lascas em nosso coração, as fissuras e a terra estéril onde nada cresce. É aí onde vagará, a partir de agora, uma densa amargura, onde será muito difícil voltar a receber amor com a ilusão do passado.

É bom ser prudente e cauteloso, não há dúvidas, mas se perdermos por completo a inocência, deixaremos a nossa “criança interior” escapar, e junto sua espontaneidade, algo tão fresco e inato, onde as  relações vivem com mais intensidade.


3. Vazios eternos

Os amores que nunca puderam realmente ser eternos são vazios, sem forma, habitados por sonhos perdidos e decepções.  Por um tempo perdido, mas constante, relembrados e evocados. É possível se recuperar, iniciar, inclusive, novas relações e novos projetos de vida.

A felicidade sempre volta com maravilhosas segundas partes que todos nós merecemos aproveitar, mas há algo que se esconderá a cada dia de nossas vidas em algum canto do nosso coração e de nossa memória, e a esse algo damos o nome de “vazios”. Porque eles são como aqueles caminhos que escolhemos acreditando que iríamos concretizar vários projetos tão sonhados, para, no final, não termos mais remédio a não ser fazer uma mudança de sentido, ao mesmo tempo drástica e dolorosa.

E, no nosso cérebro, sempre estará esse caminho impossível fazendo parte de nós e de quem nós somos. É como ter duas vidas paralelas, a real e a das lembranças que não podemos apagar, mas que, em essência, fazem parte de quem somos.

Os vazios sempre estarão e, como tal, devemos aceitá-los. Eles são aquelas feridas que não cicatrizaram, mas com as quais devemos aprender a conviver, integrando-as e aceitando-as, mas evitando que se tornem buracos negros.

Deixe que sejam vazios pelos quais emerge um vento suave e perfumado que relembramos de vez em quando, mas só durante alguns segundos. Depois, avance no aqui e no agora, onde, sem dúvidas, está a sua verdadeira felicidade.

Por: Juliana Martinez
(fonte:http://amenteemaravilhosa.com)
Amor,Luz e Paz


 



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