Os mecanismos de defesa da Psicanálise
Sigmund Freud falou que o papel do EGO é satisfazer os impulsos de ID e
não ofender o caráter moral do SUPER EGO, enquanto a realidade é
apreciada. Não é uma tarefa fácil, e Freud descreveu os mecanismos que
usamos para gerenciar os conflitos entre essas instâncias psíquicas.
Mecanismos de defesa, portanto, são procedimentos inconscientes que
mantém o equilíbrio psicológico ao enfrentarmos a ansiedade associada à
exposição consciente de uma representação pulsional (sexual ou
agressiva) ou com a transgressão de um código moral.
Mecanismos de defesa são formas incorretas de resolver um conflito
psicológico e podem levar a distúrbios na mente, no comportamento e, em
casos extremos, na somatização do conflito psicológico. Aqui estão 10
mecanismos de defesa:
1. Deslocamento
Refere-se ao redirecionamento de um pulso (geralmente uma agressão) para uma pessoa ou objeto. Por exemplo, alguém que está frustrado com seu chefe e chuta o seu cão.
2. Sublimação
É similar ao redirecionamento, mas o impulso é canalizado para uma forma mais aceitável.
Um instinto sexual é sublimado em um propósito não-sexual, sendo
redirecionado para uma atividade aceita socialmente, como uma atividade
artística, física ou objetos de pesquisa intelectual.
3. Repressão
É o primeiro mecanismo de defesa descoberto por Freud. Refere-se ao fato do EGO reprimir desejos e pensamentos que
causariam dor se estivessem no nível consciente, pois a satisfação do
desejo reprimido é inconciliável com outras exigências do SUPER EGO.
4. Projeção
Refere-se a indivíduos que atribuem os seus próprios pensamentos, motivos ou sentimentos para outra pessoa.
As projeções mais comuns são comportamentos agressivos que levam a um
sentimento de culpa e fantasias não-aceitas socialmente ou pensamentos
sexuais. Por exemplo, uma garota odeia sua companheira de quarto e seu
SUPER EGO diz que isso é inaceitável. Seu EGO então resolve o problema
projetando o ódio para a outra pessoa, e acreditando que é a companheira
de quarto que odeia ela.
5. Negação
É o mecanismo pelo qual o sujeito bloqueia eventos externos para
que não façam parte da consciência e, portanto, trata aspectos óbvios da
realidade como inexistentes. Por exemplo, um fumante que nega que o
tabagismo pode causar sérios problemas para sua saúde.
6. Regressão
Refere-se a qualquer retrocesso a situações ou hábitos anteriores,
um retorno a padrões de comportamento imaturos. Por exemplo, um
adolescente que ao não receber permissão para sair no fim de semana, tem
um acesso de raiva e choro na frente de seus pais.
7. Formação Reativa
Os impulsos são apenas reprimidos, mas também são controlados através do exagero do comportamento oposto.
Ou seja, a ocorrência de um pensamento doloroso é substituído por
outro, mais agradável. Por exemplo, uma pessoa está muito irritada com
um amigo, mas diz que está tudo bem para evitar uma discussão.
8. Isolamento
É um mecanismo pelo qual as memórias se divorciam dos sentimentos,
para que a pessoa consiga suportar os fatos. Se separa uma memória
intolerável para o EGO das emoções que ela produz, assim ela permanece
na consciência de uma forma enfraquecida. Por exemplo, falar de um
evento traumático como algo normal, como se estivesse falando sobre o
tempo.
9. Condensação
É um mecanismo pelo qual os elementos do inconsciente (conteúdo latente) são combinados em uma única imagem ou objeto durante o sono.
É a concentração de vários significados num único símbolo. O processo
de condensação faz com que a história do conteúdo manifesto seja muito
menor do que a descrição do conteúdo latente. É um termo que surgiu das
explicações psicanalíticas sobre a origem dos sonhos.
10. Racionalização
A racionalização é a substituição da razão verdadeira, mas não-aceitável, por outra, aceitável.
Ou seja, altera-se a perspectiva da realidade por meio de uma
explicação diferente. Por exemplo, uma mulher se apaixona perdidamente
por um homem. Um mês depois ele deixa a mulher alegando que ela não tem
auto-confiança e não o deixava respirar. Mesmo depois do terceiro
término consecutivo, pela mesma razão, ela conclui: "Eu sabia que este
homem era um perdedor".
Fonte: Psicologiaymente traduzido e adaptado por Psiconlinews
(www.psiconlinews.com)
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