Vou deixando para trás as feridas que me resgaram, o masculino que me oprimiu, a insegurança que me amedrontou.
Deixo pada trás o peso da luta, a fome da competição e a negação por mim mesma.
Deixo um passado que me trouxe uma tonelada de bagagens pesadas para me nutrir hoje do que me trás a leveza.
Vou mergulhando em meu ser, me curando, me nutrido do melhor que eu poderia me dar.
Reconhecendo-me novamente de dentro pra fora, como uma lagarta vou saindo do casulo, para mais uma vez alcançar um novo voo.
A minha metamorfose vem de encontro ao meu ser.
Me rasguei, senti a dor do abandono, da rejeição, da traição. Senti as chagas do patriarcado que faz com que mulheres se odeiem, que homens usem das mulheres como mero fruto do seu prazer para camuflar seu ego ferido e sofrido...
Vivi as armadilhas de uma sociedade que luta pelo poder, status e beleza.
Nesse buraco sem fundo que eu cai, eu sobrevivi.
E hoje vou deixando para trás e observando que eu era a única que poderia me tirar do lugar aonde eu mesma pude entrar.
Deixo para trás tudo que me corta, e encontro tudo que me conecta a minha essência sublime de amor por mim, pela vida, pelo cosmos.
Carol Shanti
Abraços Fraternais
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