quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Prefiro uma solidão digna a uma falsa companhia


Alcançar um equilíbrio individual e ser feliz sozinho é a única maneira de poder ser feliz acompanhado. Não devemos buscar um parceiro que nos complete, e sim alguém que nos complemente.
Pode ser que saiba o que é viver com uma falsa companhia. Há pessoas que se priorizam a si mesmas, que buscam interesses próprios e que nem sempre praticam a sinceridade ou a autenticidade.

E isso, sem dúvida, dói e nos causa efeitos secundários.

As nossas relações sociais e afetivas nem sempre são como pensávamos no começo. No entanto, uma má experiência não deve fazer com que deixemos de confiar, nem com que deixemos de acreditar na nobreza e na autenticidade das pessoas.

Por outro lado, também sabemos que uma das sensações mais desoladoras que existem, é sentir a solidão estando ao lado da pessoa que amamos. Assim, em algumas ocasiões, há quem enfatize ou defenda que “é preferível uma solidão digna do que uma falsa companhia”.

A dor de experimentar uma falsa companhia

Há um aspecto que deveríamos definir: as relações infelizes nem sempre se baseiam no facto de que um dos dois oferece uma falsa companhia ou demonstra ter atitudes egoístas ou limitantes.

– Há quem “não saiba amar”, há quem não entenda o que é partilhar, o que é atender às necessidades do parceiro, e o que é cuidar dos detalhes de um compromisso que deve ser incentivado a cada dia e nos pequenos momentos.

– Existem personalidades com carências afetivas e falta de inteligência emocional que, mesmo amando o seu parceiro, só conseguem oferecer vazios, infelicidade e, com isso, solidão.

Tudo isso faz com que possamos sentir que a outra pessoa nos oferece uma falsa companhia quando, na realidade, o que existe é uma falta de maturidade afetiva que também causa uma alta sensação de infelicidade.

Por outro lado, também é verdade que há perfis capazes de construir um falso compromisso que só busca interesses próprios, sejam eles quais forem:

– Evitar a sua própria solidão independentemente de com quem e de como seja o relacionamento.

– Formalizar uma relação por interesse econômico ou por uma aspiração social.

– Existem pessoas capazes de iniciar uma relação somente para se sentirem amadas, cuidadas e atendidas, sem a intenção de oferecer ao parceiro o mesmo que recebe.

Perceber que vivemos um dia a dia baseado em desigualdades contínuas, em que somente uma parte investe na relação, se preocupa e atende enquanto a outra somente espera “receber”, leva o relacionamento a um inevitável fracasso.

O melhor nestes casos é saber reagir a tempo. Não é recomendável manter estas situações de sofrimento inútil.

Se tivermos a clareza de que a situação não vai melhorar e que a outra pessoa não dá um passo rumo à mudança em que ambos possam se beneficiar, é necessário responder e nos afastarmos se for preciso.

É preferível uma solidão íntegra a uma companhia dolorosa

Não duvide: a solidão será sempre preferível à companhia de alguém que vulnera a nossa pessoa, a nossa autoestima e o nosso equilíbrio.

Não tenha medo da solidão

Existem muitas pessoas que têm um medo terrível de estarem sozinhas. Isso deve-se, em algumas ocasiões, à visão social negativa que se tem da solidão, como se fosse um sinal de fracasso ou um estigma.

– Não ter um parceiro não é um fracasso. Não é necessário estar comprometido para ser feliz, nem é uma obrigação contar com um companheiro ou companheira para ser bem visto socialmente. É algo que devemos ter em mente.

– Se nós mesmos não somos felizes primeiramente de forma individual, é muito difícil chegar a sê-lo como parte de um casal.

E além disso, a solidão é um estado pleno e cheio de equilíbrio que pode nos permitir crescer como pessoas, reorganizar a nossa vida, amadurecer e alcançar também muitos sonhos e objetivos.

– Não é preciso ter medo da solidão: o que devemos temer é viver uma vida junto a alguém que nos entristeça.

A vida é muito curta para viver os planos de outra pessoa

Pense que o mais importante nesta vida é estar bem com nós mesmos e alcançar a felicidade da forma que mais nos favoreça, seja em solidão, num casal, ou como desejarmos.

– Não permita que ninguém diga como deve ser a sua vida, nem que ninguém recomende qual a melhor forma de ser feliz. Viver é escolher com liberdade, assumir erros e iniciar novos projetos.

– Não coloque a sua felicidade nos bolsos de outra pessoa. Construir uma vida como um casal permite que a relação seja coisa dos dois, e não apenas de um. É fundamental construir um projeto em comum no qual ninguém perca ou saia ferido.

– Se perceber que a sua vida está baseada somente nas escolhas, decisões e ordens de outra pessoa, reaja. Cedo ou tarde chegará a frustração pessoal e a infelicidade.

A vida é muito curta para viver os planos de outras pessoas, deixando perdidos os nossos próprios sonhos.


D.A.

Amor, Luz e Paz

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