quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Não somos nossos problemas


Conta-se que Victor Hugo, o admirável escritor francês, quando no exílio, tinha por hábito, ao cair da tarde, chegar a uma parte em que havia uma colina próxima ao mar, e ali sentava-se, mergulhando em reflexões demoradas.

Enquanto o grande gênio da língua neolatina meditava, crianças brincavam à sua volta.

Depois de haver reflexionado suficientemente, o gigante da pena erguia-se, dobrava-se, tomava de uma pedra e a atirava ao mar.

Tornara-se-lhe tão habitual este movimento que já o fazia por automatismo.

Certo dia, porém, uma das crianças, vendo o grande escritor repetir o gesto de atirar ao mar uma pedra, perguntou, com o olhar traquinas e o sorriso infantil:

Senhor Hugo, por que o senhor, depois de meditar tanto, toma de uma pedra e a joga no mar?

E o admirável exilado respondeu, com um toque de melancolia:

É que tenho muitos problemas e resolvi, diariamente, por meditar em um problema. Após equacioná-lo, atirá-lo ao mar do esquecimento.

Abraços Fraternos

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